Um conto sobre os contrastes do ano (de tantos tons humanos) - Semana #008

Linhas de imersão

No telefone, fonemas de nomes, pronomes e problemas...

Quando não deciframos sinais de silêncios resilientes,

Culpas profundas expulsam fúrias profusas.

O objetivo dos obstinados é sobrepujar os obstáculos,

Mas a salvação é um salto insensato

– Buscas brutais,

Reminiscências reais.

Um conto sobre os contrastes do ano (de tantos tons humanos) - Semana #007

Linhas de desorientação

Como seguir um sentido sem ter conseguido o consenso em si?

Por que precisamos prosperar mais e mais se assim pressionamos o que prezamos?

Contamos com quantos subterfúgios para subtrair o que somos e não soubemos ser?

Por roletas e relógios, rodam vidas e dias,

Frustram-se, sem fim ou fundo, insucessíveis segundos de seres inseguros,

Debatem-se, com dor e demora, incônditos instantes de corações tão inconstantes.

(Lapsos lapidados)

Um conto sobre os contrastes do ano (de tantos tons humanos) - Semana #006

Linhas de ambição

Fingimentos filtrados pelo fígado:

Soberbos sob um glamour glacial,

Os impérios da impessoalidade se impõem.

Dos rostos às máscaras, dos corpos às máquinas, dos sonhos às marcas,

Ascendemos com aço e asfalto

E nos imortalizamos com monstros e monumentos.

A civilização das vicissitudes é viciada em vitórias e vísceras.

Um conto sobre os contrastes do ano (de tantos tons humanos) - Semana #005

Linhas de pragmatismo

O calor calcifica as clarezas...

Nos portamos por demanda, por desejo, por destino, por deus, por dinheiro: poder.

(Egoísmo engendrado para engrenar)

Fevereiro ferve em frente – enfrente a fé!

Não há ídolos dignos para idealizações;

Não há bestas abertas para bênçãos;

Não há mandamentos imaculados para manchetes.